Maturidade vem com o tempo

Aloísio Junior
4 min readMay 25, 2020

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Maturidade vem com o tempo. Uma frase que sempre ouvi desde muito pequeno. De quebra, ainda algumas vezes somada à ela vem “quando você crescer, vai ver”. E realmente, a tal da maturidade vem com o tempo. Segundo uma das definições do Dicio.com.br, maturidade é o “comportamento ou modo particular da idade adulta ou madura.

Esse assunto vem batendo forte em mim nesses últimos meses e ontem, mais uma vez, enquanto escutava o disco Is For Karaoke¹ da banda norte-americana Relient K. Disco esse que veio a se tornar um dos meus favoritos de toda discografia deles e, curiosamente, não possui qualquer composição original dos mesmos. Curioso também é pensar que chegou a ser um dos discos que mais odiei em todo catálogo da banda. Esse “ódio” se deu logo em seu lançamento, por volta de 2011, e lá estava eu com meus 18 aninhos.

Não sei em que ponto exatamente essa transição de ódio e amor se deram, porém, no máximo 3 anos atrás, quis ouvir outra vez o disco para ter certeza da minha opinião e, para minha surpresa, foi apaixonante ver a dedicação da banda em manter a característica original da música e deixar um pingo do que eles estavam fazendo em seus últimos lançamentos. Só comparar essa música do Stone Temple Pilots.

Se olhar o que a banda fez em seu início de carreira, lá nos anos 90, e o rumo que eles tomaram com os anos, essa palavra, maturidade, também é bem definida.

Engraçado como o tempo passa e nossas perspectivas de mundo vão mudando. Isso, para mim, não tem se aplicado somente à música mas também vídeos, literatura, comportamento e conversas. E em mim isso foi evoluindo com o tempo, já que sempre falaram que eu era maduro demais para minha idade e dificilmente ter me entendido com os rapazes da mesma faixa etária, embora hoje isso esteja mudando. Isso talvez deva ter acontecido por ter mudado de cidade a cada 2–3 anos desde que eu tinha meus 4, e também por ter sido emancipado aos 16.

Mesmo assim, olhando hoje a forma como me comportava, como conversava, o que postava na internet (não sei dizer se malditas ou abençoadas lembranças do Facebook e registros antigos do blog), vejo que faria tudo diferente. Não deixo de valorizar o que fiz porque foram aquelas escolhas que moldaram parte do que sou, é apenas um momento de reflexão.

Aquele rapaz de 18 anos que não gostou de um CD porque achou a escolha das músicas “boba” ou até mesmo a produção “simples demais”, jamais acreditaria nas coisas que ele tem feito 9 anos depois. Que seus gostos musicais transcenderam as barreiras do “heavy metal”, embora este ainda seja o seu gênero favorito. Aquele rapaz de 18 anos que tinha firme em sua mente que jamais seria professor, principalmente de crianças pequenas, e hoje é um excelente teacher da Educação Infantil e Ensino Fundamental I e que ama o que faz e só trocaria essa vida se fosse para viver de música.

A maturidade veio, gradualmente, e sei que continuará a vir. Talvez tudo o que eu tenha escrito hoje, meus pensamentos e convicções venham a mudar, porém diferentemente de antes, eu estou preparado e disposto a passar por essas mudanças para que, cada dia mais, eu seja uma pessoa melhor.

A única coisa que sei que não mudará em mim, por outro lado, é na vinda e morte de Jesus e que Ele é capaz de fazer grandes mudanças e intervenções. Diante de tudo o que vivi, das cidades que morei, das situações pelas quais passei e as experiências divinas que tive, só tenho certeza naquilo que acredito.

¹Recentemente o grupo do Last.fm Brasil no Facebook propôs um desafio de escutar durante a semana álbuns que possuam o tom vermelho como predominante na capa do álbum e por conta disso pude revisitar essa maravilha que comecei a amar não muito tempo atrás.

O meu perfil, caso queiram seguir e/ou ver o que ando ouvindo, é o last.fm/user/aaljunior, e o resultado da semana está na imagem abaixo. Só o adendo duplo de que o disco “Kino — Radio Voltaire” eu estava ouvindo antes de ter aceito o desafio e, no Spotify, o disco “Killswitch Engage — The End of a Heartache” estava com a capa vermelha.

Oi! Eu sou o Aloísio Júnior, tenho 27 anos, cristão e professor de Inglês para Educação Infantil e Fundamental I.

Escrevo nos blogs Construindo Uma Memória e Building A Memory. Além de acompanhar eles, você pode receber os textos deles pelo canal do Telegram.

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Written by Aloísio Junior

Cristão, casado, Consultor Pedagógico e professor de Inglês. 31.

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