Automatização e Inteligência Artificial
Lembro que quando era criança, os desenhos e filmes imaginavam um futuro cheio de carros voadores, aparelhos que permitissem conversas por vídeo em suas televisões, ou até mesmo de forma holográfica. Era tudo tão lindo e tão chamativo. Muitas das previsões acabaram se provando concretas e outras distantes demais, como foi o caso deste filme que me acompanhou demais durante a Sessão da Tarde. Apesar de gostar do filme, ainda prefiro o jogo.
Por vezes temos até visões sombrias sendo expostas, como os filmes Matrix (1999) ou Eu, Robô (2004) com Will Smith, que traz uma possível revolução das máquinas contra os humanos. Não confundam, assim como eu confundi por muito tempo, com o conto de Isaac Asimov de mesmo nome. São obras completamente distintas que partilham apenas o mesmo nome.
Até o presente momento não temos carros voadores ou robôs convivendo em sociedade, mas temos uma das grandes criações que abrange muito do que foi sonhado e, provavelmente, você está lendo este texto por ele agora: o celular. Chamadas em voz ou vídeo com pessoas distantes e em ótima qualidade, toca música, câmera fotográfica/filmadora, videogame portátil, telegrama, e até mesmo biblioteca! Em muitos deles temos os chamados “assistentes virtuais”. Dependendo do seu aparelho, pode ser o “OK Google”, “Siri” ou até mesmo “Cortana”. Embora existam outros, estes são os mais conhecidos.
Os assistentes virtuais vieram para automatizar nossas vidas, fazendo com que não utilizemos nossas mãos para realizar tarefas. Por muitas vezes, ao acordar, eu pedia para meu assistente móvel como estava a temperatura do dia para programar minha mente para sair da cama, ou até mesmo para mandar aquela mensagem enquanto estava dirigindo, já que não há necessidade de utilizar as mãos.
De uns meses pra cá, minha assistente ganhou um nome bem específico dentro de casa: Alexa. Ao invés de vir em um aparelho celular, ela vem dentro de uma caixa de som ou, em alguns ca$o$, uma caixa de som com tela de 5” ou 8”. O meu é o modelo mais simples e barato, que com o frete ficou abaixo dos R$200 (abençoado cupom de desconto!).
Mas o que diabos essa Alexa faz?
Assim como o assistente virtual do celular, ela toma algumas ações por comando de voz, como falar a previsão do tempo, notícias do momento, contar uma piada, fazer uma ligação, tocar sons relaxantes para dormir, ligar uma rádio, ou até mesmo continuar sua música em um dos seus aplicativos de streaming favorito com uma excelente qualidade de som. Bom, pelo menos isso é o que ela tem feito para mim.
Infelizmente nestes últimos meses por conta do evento mundial de 2020, minha renda baixou e não posso mais integrar elementos que façam a Alexa ser melhor. Mas ser melhor como? Existem os chamados aparelhos “inteligentes” que, através de uma conexão Wi-Fi, se interligam e tornam-se apenas um, muito parecido com o que o Jarvis faz para o Tony Stark/Homem de Ferro em suas histórias.
Desde ligar lâmpadas em cores variadas e com intensidade de brilho específico, pedir para que sua chaleira comece a ferver água, ligar a televisão, que o ar-condicionado fique a uma temperatura específica ou até trancar a porta da sua casa, desde que todos eles sejam “inteligentes” ou estejam conectados a uma tomada “inteligente”. Por um momento até lembrei do filme O Demolidor (1993) com Sylvester Stallone.
Ao mesmo tempo que me encanta e me faz querer ter uma casa assim, fico assustado com as consequências que isso pode gerar. O ser humano, por muitas vezes, é inconsequente em suas ações e escolhas. Num ato impulsivo faz algo e, depois de um tempo, se arrepende. Todos os filmes que citei trazem essa reflexão. Seria este um real alerta do que está por vir e/ou como temos que agir para que nada disso aconteça? Realmente não sei e espero que continue apenas no imaginário, embora tanto a Microsoft e a Google tenham mostrado que isso não está longe de acontecer.
Que nossas escolhas sejam sábias e que isso não venha tirar nossas interações com outros humanos, a exemplo do filme Ela (2013).
Caso você queira saber mais sobre a Alexa, estão aqui alguns vídeos comentando sobre ela e em quais dispositivos ela está.
Oi! Eu sou o Aloísio Júnior, tenho 27 anos, cristão e professor de Inglês para Educação Infantil e Fundamental I.
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